segunda-feira, 19 de março de 2012

A popularidade deslocou o layout para outros formatos: logo ele aparecia em canecas, bandeiras, camisetas e, claro, foi parar na internet, onde começou a ser remixado, parodiado e misturado com várias outras referências. Esta história ensina duas coisas. Uma delas é que a “viralidade” é anterior à internet. O pôster só ficou conhecido porque as pessoas foram à loja, gostaram do que viram e quiseram ter aquilo em casa. A outra é que, por mais cômodo que seja comprar coisas via internet, há um elemento crucial nas compras offline, que é a surpresa. A história do pôster funciona como uma pequena parábola a favor da existência de lojas fora da internet. O fator comunitário que transforma um ambiente em uma comunidade é crucial para a sobrevivência destes pontos de venda. Mas por que “Keep Calm and Carry On”? Porque talvez o mundo esteja sob um bombardeio diferente do que assolou os ingleses na década de 1940, mas que também desnorteia. Posts, tweets, likes no Facebook, mensagens por celular, links via Gtalk, câmeras filmando tudo o tempo todo. A mensagem do cartaz parece vir como um alívio para quem é soterrado diariamente pela avalanche de dados digitais.

O que um cartaz da Segunda Guerra Mundial nos ensina sobre a era digital Você já deve ter lido este slogan em algum lugar – ou alguma variação dele. “Keep Calm & Carry On” (mantenha a calma e siga em frente) é um dos inúmeros memes que, uma vez online, ganhou vida própria e foi remixado, ganhando variações como “Keep calm and Call Batman”, “Keep Calm and Caps Lock”, “Keep Calm and Blog On”, “Keep Calm and Pass It On”, além dos brasileiros “Keep Calm o Caralho” (com foto do Dadinho, de Cidade de Deus) e “Keep Calm and Segure o Tchan”. A frase faz parte de uma série de cartazes que o Ministério da Informação inglês bolou logo no início da Segunda Guerra Mundial, em 1939, para apaziguar a tensão de um país que se tornaria um dos principais alvos dos bombardeios nazistas. Eram três cartazes, todos com a mesma tipologia, um ícone representando a coroa britânica, duas cores e frases de impacto. O primeiro trazia o texto “Your courage, your cheerfulness, your resolution will bring us victory” (sua coragem, sua alegria, sua resolução nos trará a vitória) e teve uma tiragem de 400 mil exemplares. O segundo vinha com a frase “Freedom is in peril, defend it with all your might” (a liberdade está em perigo, defenda-a com toda sua força) e teve sua tiragem dobrada. 800 mil exemplares. O último da série – “Keep Calm…” – foi pensado para ser divulgado caso as coisas realmente ficassem mais complicadas – e a Alemanha invadisse o Reino Unido. Foram impressos 5 milhões de cartazes, que ficaram estocados caso o pior cenário se concretizasse. Como isso não aconteceu, os pôsteres foram destruídos. Restaram apenas sete. Seis foram encontrados em 2009 e foram para o Museu Britânico da Guerra e um foi encontrado em uma livraria em Alnwick , no norte da Inglaterra. Stuart Manley, proprietário da Barter Books, descobriu o cartaz no fundo de uma caixa de livros velhos que havia comprado em um leilão, no ano 2000. Gostou de tudo – do layout, da mensagem, da história – e pendurou o cartaz em sua loja. Aos poucos, seus clientes repararam nele e Manley foi percebendo que seria possível vender reproduções. Foi o que fez – e os cartazes começaram a vender. Muito. Manley estipula que, até 2009, já havia vendido mais de 40 mil cópias do pôster. A própria Barter fez um vídeo de três minutos em que conta esta história – lançado no último dia do mês passado, ele já tem mais de 800 mil visualizações.

The Story of Keep Calm and Carry On




Achei, válido!
http://blogs.estadao.com.br/ponto-edu/premio-dara-r-10-mil-a-melhor-monografia-sobre-direito-internet/
http://blogs.estadao.com.br/link/servidor-60/

sábado, 17 de março de 2012

Video ( azul)

Gente, de antemão tenho que agradecer minha amiga, Priscilla, pois sem ela esta maravilha jamais sairia, espero que o vídeo esteja dentro da proposta feita por nosso digníssimo professor. A música é " Azul" ( Djavan). Decidi focar em personagens, pois andei observando a variedade deles com tonalidade azul.

AZUL

sexta-feira, 9 de março de 2012

Aula 03. Resumo da entrevista de Mário Perini


PERINI, Mário A. Sobre língua, linguagem e Linguística: uma entrevista com Mário A. Perini. ReVEL. Vol. 8, n. 14, 2010. ISSN 1678-8931 [www.revel.inf.br].


O que é língua?

A língua, não é inata, e precisa ser aprendido a partir de exemplos observados pela criança, “língua” , é uma das realizações históricas da capacidade humana para a linguagem. E cada língua é profundamente enraizada na cultura que serve.

Qual a relação entre língua, linguagem e sociedade?


 A relação entre língua e linguagem é que uma 
“língua”, 
” é uma das maneiras como se manifesta exteriormente a capacidade humana a que chamamos “linguagem”. Mas o termo linguagem é também aplicado a outros tipos de sistemas de comunicação, que normalmente não são chamados  línguas, como o sistema de sinais de trânsito e a linguagem das abelhas. Assim, linguagem é um conceito muito mais amplo do que língua: a linguagem inclui as línguas entre 

suas manifestações, mas não apenas as língua

Há vinculo entre, língua, pensamento e cultura?
 O vínculo entre língua e pensamento é que o conhecimento e o uso da 
língua são também formas de pensamento. Ao usarmos uma língua, lançamos mão de 
conhecimentos não apenas linguísticos  stricto sensu, mas de todo tipo conhecimento sobre o mundo.


A linguagem tem sujeito?


Não há resposta para esta questão.






O que é linguística? 



É o estudo dos códigos usados pelas pessoas para se comunicarem, e da capacidade inata que nos permite levar a efeito essa atividade.





A linguística é ciência?


linguística pode ser uma ciência, dependendo de como a praticarmos. Se é uma 

ciência, é sem dúvida uma ciência empírica, ou seja, empenhada em descrever um 
aspecto do universo e em construir teorias que expliquem os fenômenos descritos.  







Para que serve a linguística?  


A linguística, como toda ciência, serve para aumentar nosso conhecimento 
e nossa compreensão de alguns aspectos do mundo.  







A linguística teria algum compromisso necessário com a educação? 


 A linguística, como ciência, não tem compromisso com a educação. O
linguistas, como cidadãos, devem ter, e geralmente  têm, um grande compromisso com a educação.




Como a linguística se insere na pós-modernidade? 






Quais os desafios da linguística para o século XXI? 








Linguística, deverá se redefinir em parte, progressivamente, à medida que avança o século.




Aula 01. O que é língua?

Perini – Chamamos “língua” um sistema programado em nosso cérebro que, 
essencialmente, estabelece uma relação entre os esquemas mentais que formam 
nossa compreensão do mundo e um código que os representa de maneira perceptível 
aos sentidos. Os seres humanos utilizam um grande número de tais sistemas 
(“línguas”), que diferem em muitos aspectos e também se assemelham em muitos outros aspectos.
Tanto as diferenças quanto as semelhanças são altamente interessantes para o linguista. 
O sistema em questão é de uma complexidade extrema: compreende regras (de 
pronúncia, de formação de palavras, de formação de frases, de relacionamento das 
formas com os significados), itens léxicos (palavras e morfemas, com suas 
propriedades gramaticais e seus significados), expressões idiomáticas (como pisar na 
bola ou mãe de santo) e clichês (como ficar sem fala e tomar café). Acredita-se hoje 
que o sistema é em parte inato, pois todas as línguas parecem seguir determinadas 
linhas, ou seja, não encontramos tudo o que seria possível, mas apenas algumas das possibilidades.
 A hipótese é que as línguas só se desenvolvem seguindo certas 
direções por que de outra forma não seriam utilizáveis por cérebros humanos. E parte 
do sistema, evidentemente, não é inato, e precisa ser aprendido a partir de exemplos observados pela criança.  
O que chamamos uma “língua” é, assim, uma das realizações históricas da capacidade 
humana para a linguagem. E cada língua é profundamente enraizada na cultura que 
serve – por exemplo, não creio que em tibetano ou em amárico haja expressões 
exatamente paralelas a pisar na bola ou mãe de santo. Já houve (não sei se ainda há) 
quem sustentasse que a língua que uma pessoa fala condiciona sua maneira de ver o 
mundo (a chamada “hipótese de Sapir-Whorf”). Suspeito que há um grão de verdade 
nessa hipótese, mas do modo como é geralmente enunciada ela exagera a 
importância da língua nos nossos processos cognitivos. 


Aprendi, que todos são competentes em sua língua.
A fala, concretiza a língua ou idioma.
A escrita, é uma tecnologia.