domingo, 1 de abril de 2012

http://blogs.estadao.com.br/link/ninguem-associa-ciencia-com-soberania/

AULA 7 : MAIS QUESTÕES SOBRE CIBER- CULTURA- REMIX


O que é podcast?
Podcast é um sistema de produção e difusão de conteúdos sonoros que teve origem no final do ano de 2004. O nome é um neologismo dos termos "iPod" (tocador de mp3 da Apple) e "broadcasting" (transmissão, sistema de disseminação de informação em larga escala). Acredita-se que há mais de 6 milhões de usuários do sistema no mundo.

O podcast representa o fim do rádio? Que outras mídias prenunciaram o "fim" de suas antecessoras?
podcast não representa o fim do rádio como meio de comunicação. O podcast só veio a somar aos diversos formatos broadcasting. O que está havendo é uma reconfiguração midiática em que ambos os formatos permanecem e têm seus nichos de usuários assegurados. Assim como o cd não respresentou o fim do vinil, e nem os tablets representam o fim dos livros impressos.

O que é blogosfera? O que são blogs e quais os tipos que existem?
Blogosfera é o conjunto de blogs ao redor do mundo, seu tamanho dobra a cada seis meses. Blogs são formas de publicação onde qualquer pessoa pode facilmente dispor e começar a emitir, seja seu diário pessoal, informações jornalísticas, emissões de rádio (audioblogs) ou vídeos (vlogs) e fotos (fotolog), etc., sejam de caráter amador, jornalístico, humorista, literário.

O que é P2P? Como ele funciona? Cite exemplos.
O P2P (peer to peer) é um fenômeno marcante da cibercultura. Este sistema de compartilhamento possibilita a troca de arquivos de diversos formatos ao redor do mundo, revelando redes de sociabilidade que colocam em evidência a "ciber-cultura-remix". Os sistemas P2P, embora ameaçados por problemas de copyright, encontram sempre novos modelos, fazendo com que a "ciber-cultura-remix" continue crescendo. Como exemplos de P2P, podemos citar:AreseMule e Shareaza.

Qual é a vantagem do freenet?
O "freenet" usa tecnologias que tornam impossível, para governos ou para as grandes corporações, restringirem o fluxo de informação digital.

Quais as origens dos softwares do código aberto?
O surgimento dos softwares livres se deu a partir da invenção de uma licença de utilização de código fonte em 1989.

O que é GPL? O que é GNU?
No ano de 1989, Richard Stallman cria a GPL (General Public License) e escreve o primeiro projeto de software livre, o GNU (acrônimo de "GNU is not Unix"). A criação foi motivada pela proibição da AT&T de utilização livre do sistema Unix. GPL não permite a apropriação privada dos trabalhos coletivos realizados, dando a todos a possibilidade de transformar e livremente distribuir as modificações.

Por que o SL é um bom exemplo de cibercultura-remix?
O SL é um bom exemplo de cibercultura-remix pois potencializa as três leis fundadoras: liberação de emissão (qualquer um pode trabalhar em códigos e programas), príncipio de conexão (trabalho e a cooperação são planetários, realizados através das redes telemáticas), e reconfiguração da indústria dos softwares proprietários como a resposta de flexibilização (abertura de códigos de alguns programas, como o Office, por exemplo).

Acesse o site mencionado na nota de rodapé nº 16 e poste em seu blog um comentário sobre o site. 
http://news.bbc.co.uk/2/hi/technology/4728259.stm
A matéria da BBC relata que a cibercultura tem criado a "citizen media", ou "mídia do cidadão". Nessa mídia, cada usuário é estimulado a produzir, distribuir e reciclar conteúdos digitais, sejam eles textos literários, protestos políticos, matérias jornalísticas, emissões sonoras, filmes caseiros ou música. Os "citizen media" são pessoas que colocam suas versões de acontecimentos, através de imagens ou vídeos, na rede de computadores. Acontecimentos como as Tsunamis, e os atentados em Londres mostraram a força dos "cidadãos digitais". Um dos serviços à disposição dos "citizen media" é o "Ourmedia" de JD Lasica. Através do "Ourmedia", qualquer pessoa pode publicar seu filme digital caseiro, músicas, fotos ou podcast de graça. A ideia é incentivar o crescimento da "ciber-cultura-remix". 

Quais os 3 argumentos de Manovich para o Remix como nova mídia?
Manovich afirma que "remix" é a melhor metáfora para compreender novas mídias. Ele aponta 3 formas históricas. A primeira é a que nos referimos ao pós-modernismo, a remixagem de conteúdos culturais anteriores formadas dentro de um determinado meio cultural. A segunda é o que chamamos de globalização, mistura e reconfiguração de culturas nacionais em um estilo global, não necessariamente homogêneo. A terceira forma de remixagem aparece com as novas mídias.

Acesse o site oficial do Manovich, coloque o link dele no seu blog e poste um comentário em seu blog sobre qualquer tema do site do Manovich. 
http://manovich.net/
Em seu artigo The practice of Everyday (Media) Life, de 2008, Lev Manovich propõe os seguintes questionamentos:
Após a explosão dos conteúdos produzidos pelos usuários, quais são as mudanças das funções da mídia e dos termos que usamos para falar sobre mídia?
A primeira mudança se dá na virada dos anos 90 para 2000, quando a web deixa de ser uma mídia de publicação e passa a ser mídia de comunicação. Pois é nesse período que a conversação no ciberespaço ganha destaque. Não é só o email que caracteriza a web, mas o grande número de posts com seus comentários, links, votações, etc.  
Outra mudança, segundo Manovich, está no fato de que cada vez mais, as pessoas buscam informações nos sites de mídias sociais. Não raramente, são as próprias empresas de consumo de massa que estimulam a produção nas redes socias, e às vezes a produção pode ser impulsionada pelas próprias mídias sociais.

O que é copyleft?
copyleft é um hacking do copyright, um modelo para contratos de adesão que busca corrigir falhas sociais no direito autoral padrão.

Traduza a citação final do texto e comente-a.
 "Nada é sagrado...Tudo é de "domínio público". Download, remix, editar, segmentar, una isto em seu banco de memória... A informação se move através de nós com a velocidade do pensamento, e, basicamente, qualquer tentativa de controlá-lo sempre sairá pela culatra." (DJ Spook, apud Murphie e Potts, 2003, p.70).

A citação final conclui que tudo é de domínio público. As pessoas que tentarem controlar as informações, não conseguirão totalmente, pois sempre existirá uma saída para que a informação apareça e se propague.



AULA 04: RESUMO DO TEXTO " CIBER-CULTURA-REMIX" ANDRÉ LEMOS


Cibercultura é a relação entre as tecnologias informacionais de comunicação e informação e a cultura, e pode ser caracterizada por três leis fundadas: a liberação do polo da emissão; o princípio de conexão em rede; e a reconfiguração de formatos midiáticos e práticas sociais.
A cibercultura deu origem à arte eletrônica, composta por processos abertos, coletivos, inacabados. Por intermédio de um computador, as pessoas têm a possibilidade de compor músicas, criar vídeos e textos e postá-los na rede.
As características mencionadas acima, são a base da ciber-cultura-remix. A remixagem é um conjunto de práticas sociais e comunicacionais de combinações, colagens e cortes de informações a partir das tecnologias digitais. A remixagem permite possibilidades de apropriação, desvio e criação livre.
Com o aparecimento da cibercultura, os elementos básicos da mídia (autora, original e obra) deixam de existir, abrindo espaço apenas a processos coletivos e livres. Dessa forma, o copyright (termo que designa à defensoria de direitos autorais), acaba beirando à extinção. Abrindo-se assim, espaço para o copyleft, o que singnifica que qualquer criação passa a ser de domínio público.


AULA 05: QUESTÕES CIBER-CULTURA-REMIX

O que é cibercultura e quais suas características?
São as relações entre as tecnologias informacionais de comunicação, informação e cultura. Trata-se de uma relação entre as tecnologias e a sociabilidade, configurando a cultura contemporânea. Caracteriza-se pela criação (e recriação) cultural em tecnologia avançada.



O que é remixagem?
Conjunto de práticas sociais e comunicacional de combinações, colagens, cut-up de informações a partir das tecnologias digitais.

Qual é a origem do copyright e qual sua finalidade?
O copyright surgiu com o capitalismo e a imprensa no século XVIII. Sua finalidade é controlar, preservar e cobrar pelos direitos autorais dos criadores de mídias.

Quais são as 3 leis da estrutura midiática da internet? Explique-as.
A primeira lei é liberação do polo da emissão, onde tudo é permitido e liberado na rede; a segunda lei é a do “tudo em rede”, o que significa acesso livre à rede em qualquer lugar; a terceira seria a lei da reconfiguração, onde é permitido alterar o que já foi criado anteriormente.

Qual a relação entre a remixagem e a cultura?
A remixagem é uma cultura de participação, ou seja, o acesso livre e coletivo às mídias.

Fale sobre a arte eletrônica.
A arte eletrônica é uma das principais expoentes da cibercultura. Essa nova forma do fazer artístico é a expressão de uma lógica recombinante que abusa de processos abertos, coletivos, inacabados.

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segunda-feira, 19 de março de 2012

A popularidade deslocou o layout para outros formatos: logo ele aparecia em canecas, bandeiras, camisetas e, claro, foi parar na internet, onde começou a ser remixado, parodiado e misturado com várias outras referências. Esta história ensina duas coisas. Uma delas é que a “viralidade” é anterior à internet. O pôster só ficou conhecido porque as pessoas foram à loja, gostaram do que viram e quiseram ter aquilo em casa. A outra é que, por mais cômodo que seja comprar coisas via internet, há um elemento crucial nas compras offline, que é a surpresa. A história do pôster funciona como uma pequena parábola a favor da existência de lojas fora da internet. O fator comunitário que transforma um ambiente em uma comunidade é crucial para a sobrevivência destes pontos de venda. Mas por que “Keep Calm and Carry On”? Porque talvez o mundo esteja sob um bombardeio diferente do que assolou os ingleses na década de 1940, mas que também desnorteia. Posts, tweets, likes no Facebook, mensagens por celular, links via Gtalk, câmeras filmando tudo o tempo todo. A mensagem do cartaz parece vir como um alívio para quem é soterrado diariamente pela avalanche de dados digitais.

O que um cartaz da Segunda Guerra Mundial nos ensina sobre a era digital Você já deve ter lido este slogan em algum lugar – ou alguma variação dele. “Keep Calm & Carry On” (mantenha a calma e siga em frente) é um dos inúmeros memes que, uma vez online, ganhou vida própria e foi remixado, ganhando variações como “Keep calm and Call Batman”, “Keep Calm and Caps Lock”, “Keep Calm and Blog On”, “Keep Calm and Pass It On”, além dos brasileiros “Keep Calm o Caralho” (com foto do Dadinho, de Cidade de Deus) e “Keep Calm and Segure o Tchan”. A frase faz parte de uma série de cartazes que o Ministério da Informação inglês bolou logo no início da Segunda Guerra Mundial, em 1939, para apaziguar a tensão de um país que se tornaria um dos principais alvos dos bombardeios nazistas. Eram três cartazes, todos com a mesma tipologia, um ícone representando a coroa britânica, duas cores e frases de impacto. O primeiro trazia o texto “Your courage, your cheerfulness, your resolution will bring us victory” (sua coragem, sua alegria, sua resolução nos trará a vitória) e teve uma tiragem de 400 mil exemplares. O segundo vinha com a frase “Freedom is in peril, defend it with all your might” (a liberdade está em perigo, defenda-a com toda sua força) e teve sua tiragem dobrada. 800 mil exemplares. O último da série – “Keep Calm…” – foi pensado para ser divulgado caso as coisas realmente ficassem mais complicadas – e a Alemanha invadisse o Reino Unido. Foram impressos 5 milhões de cartazes, que ficaram estocados caso o pior cenário se concretizasse. Como isso não aconteceu, os pôsteres foram destruídos. Restaram apenas sete. Seis foram encontrados em 2009 e foram para o Museu Britânico da Guerra e um foi encontrado em uma livraria em Alnwick , no norte da Inglaterra. Stuart Manley, proprietário da Barter Books, descobriu o cartaz no fundo de uma caixa de livros velhos que havia comprado em um leilão, no ano 2000. Gostou de tudo – do layout, da mensagem, da história – e pendurou o cartaz em sua loja. Aos poucos, seus clientes repararam nele e Manley foi percebendo que seria possível vender reproduções. Foi o que fez – e os cartazes começaram a vender. Muito. Manley estipula que, até 2009, já havia vendido mais de 40 mil cópias do pôster. A própria Barter fez um vídeo de três minutos em que conta esta história – lançado no último dia do mês passado, ele já tem mais de 800 mil visualizações.